terça-feira, 10 de novembro de 2015

SE reúne condições para cultivo e exportação de soja



Este ano, dois navios já saíram do Terminal Marítimo Inácio Barbosa com 54,7 toneladas do produto


O estado de Sergipe reúne várias condições para cultivar e exportar a soja não transgênica, esta foi a conclusão do debate que reuniu representantes da Secretaria de Estado da Agricultura Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Embrapa Tabuleiro Costeiros e, do Comitê de Investimentos do Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB). O encontro aconteceu sexta-feira (6) no escritório operacional do TMIB, localizado na Barra dos Coqueiros.

O Brasil já está exportando soja não transgênica por Sergipe, disse o assessor especial e representante do Governo de Sergipe no Comitê de Investimentos do TMIB, José Oliveira Júnior. “Este ano, dois navios já saíram do Terminal Marítimo Inácio Barbosa com 54,7 toneladas do produto. Precisamos, agora, estimular o cultivo, produção e exportação da soja sergipana. Por este motivo, o Comitê de Investimentos do Terminal Marítimo convidou a Seagri e Embrapa para amadurecer este debate sobre as possibilidades de implementação do cultivo da soja em Sergipe, voltada para a exportação”, explicou o representante do governo.

Oliveria Júnior disse ainda que ampliar a atividade produtiva para exportação é uma das prioridades do Planejamento estratégico do Governo de Sergipe.

Já o secretário de estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, afirmou que os agricultores sergipanos têm uma impressão muito boa sobre o cultivo da soja. “Ouvi o testemunho de pequenos produtores particulares que plantaram a soja para complemento da ração animal, e a impressão foi muito boa. É importante agora conhecermos a experiência da Embrapa nas áreas de cultivo experimental”.

Logística e mercado


Para o representante da diretoria comercial da empresa Valor da Logística Integrada (VLI), Eduardo Calleia Juger, “o estado de Sergipe reúne condições logísticas importantes para fomentar ainda mais operações comerciais com a soja”.

Ele apresentou um estudo mostrando as condições favoráveis de malha de transporte e portuária do estado. “Existem condições logísticas para se viabilizar uma estrutura produtiva e comercial que envolva os estados da Bahia, Sergipe e Alagoas”, disse.

Explicou que existe um mercado internacional garantido para a compra da soja não transgênica, em especial para o Japão que privilegia a compra de soja orgânica para produção de alimentos.

O projeto é fazer operação específica. Não se tem a pretensão de buscar grandes volumes, afirmou Calleia. Segundo ele, o modelo de produção proposto é sustentável com selo social, ou seja, cultivar um produto com grande valor proteico, originado da agricultura familiar - como acontece com a produção de milho - e que combine com o plantio de outras culturas sem provocar degradação ambiental.

Os estudos da Embrapa


Participou também do debate o Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Sérgio Oliveira Procópio. Ele explicou que existe um estudo da Embrapa, resultado de três anos de pesquisa, sobre a soja em Sergipe. “A empresa de pesquisa desenvolveu uma variedade de soja que se adapta muito bem ao tipo de clima e solo nesta região”.

Sérgio detalhou que “a região do agreste sergipano apresenta um solo com alta fertilidade e temperaturas mais baixas durante a noite, favorecendo o cultivo da soja. O cultivo deve ser feito no período de chuva entre abril a setembro, sendo que de 15 de maio a 15 de agosto é quando se apresenta melhor volume histórico das chuvas no estado”. “Pesquisadores da região sul ficaram surpresos com o resultado dos experimentos da soja em Sergipe. Para se ter ideia, a média de peso de um grão fica entre 15 a 18 gramas, mas em Frei Paulo, o grão chegou a pesar 25 gramas, com 21% de oleosidade e 41% de proteínas”, explicou o pesquisador. 

Ampliando o debate


Os representantes do governo de Governo de Sergipe, da Embrapa e VLI decidiram ampliar o debate. Eles realizarão, ainda em novembro, mais um encontro, ampliando o convite para as instituições financeiras, sindicatos de trabalhadores rurais e outras instituições de representação dos agricultores e operadores comerciais a exemplo da Multigrain.

Participaram do debate o assessor especial do Governo de Sergipe, José Oliveira Júnior, o secretário de Agricultura, Esmeraldo Leal, o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Sérgio Oliveira Procópio, e os membros da VLI, Álvaro Pinto de Oliveria Neto, João Henrique Barbosa Lopes de Melo, Valdeilson Paiva, Eduardo Calleia Junger, e José Ciderira.




quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Queiroz Galvão arremata dois blocos da Bacia SE-AL





Só dois dos 10 blocos da Bacia Sergipe-Alagoas foram arrematados na 13ª Rodada de Licitações da ANP
Por: Antônio Garcia/ Equipe JC

Somente dois dos 10 blocos da Bacia Sergipe-Alagoas foram arrematados sem ágio pela Queiroz Galvão, ontem, na 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que ocorreu no Rio de Janeiro.   O bloco 428 está totalmente na área marítima de Sergipe, enquanto que parte do 351 está entre o estado sergipano e o alagoano. Os 266 blocos exploratórios de petróleo e gás oferecidos, foram vendidos apenas 37. Considerado frustrante pelo mercado, das 10 bacias que compuseram os blocos, seis delas não tiveram interessados. A Petrobrás não arrematou nenhum bloco.

A expectativa da ANP era arrecadar com a venda dos 10 blocos das bacias de Sergipe e Alagoas R$ 411 milhões, considerado o bônus de assinatura mínima. Como só dois blocos foram vendidos, essa perspectiva caiu por terra. O bloco 428 foi arrematado por R$ 36.860.099,99, enquanto que o 351 foi R$ 36.143.599,99.  Para todos os 266 blocos o esperado era de R$ 978 milhões, mas arrecadado foi de R$ 121,1 milhões.

Ao se referir a compra dos dois blocos da Bacia de Sergipe e Alagoas, o presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção, Lincoln Guardado, disse que a compra destes dois blocos sergipanos estava nos planos da companhia porque a estrutura da bacia é muito boa e, embora represente um desafio, “não preocupa em demasia”.

Questionado sobre ter adquirido os blocos sem ágio, Lincoln brincou: “teve sim, foi R$ 99,00”.  Para ele, a companhia ver muito valor nestes dois blocos em função das descobertas feitas anteriormente. “É um novo polo de exploração e produção no Brasil e é, dentro dessa lógica, olhando para o longo prazo, que investimos”, explicou. “A Queiroz Galvão tem preparo técnico para exploração em águas profundas e destacou que a estrutura da bacia é muito boa, o que representa um facilitador”, completou.

Logo depois do arremate dos blocos, o consultor especial do Governo de Sergipe para área de petróleo e gás, José Oliveira Júnior,  ligou para o governador em exercício, Belivaldo Chagas, para informá-lo sobre as vendas. Ele disse que Belivaldo ficou satisfeito e lembrou da importância do ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que morreu no último domingo. “Como presidente da estatal, José Eduardo incentivou os investimentos exploratórios, que nos dão a certeza da presença de óleo de boa qualidade no mar em Sergipe”, afirmou o governador.

Oliveira Júnior fez uma avaliação positiva do leilão para o Estado. “Vimos que outros locais que tinham ofertas em mar não obtiveram lances. E em Sergipe tivemos resultados nos deixa otimista, com perspectiva de crescimento no setor de petróleo e gás. Será uma empresa brasileira que confia no Estado e no país, com conhecimento da nossa realidade”, analisou Oliveira Júnior. 
Sem ofertas - As bacias citadas por Oliveira Júnior que não tiveram interessados foram Camamu-Almada (BA), Jacuípe (BA), Espírito Santo, Campos, Amazonas e Pelotas. 
A Petrobras — ao contrário das outras rodadas, em que era dominante — não apresentou qualquer proposta, nem integrando algum consórcio. O leilão era considerado pelo mercado como desafiador, levando em conta os preços mais baixos do petróleo e a crise da estatal.
As quatro bacias que tiveram ofertas foram Potiguar, Parnaíba, Sergipe-Alagoas e Recôncavo. O total arrecadado foi de R$ 121,1 milhões, sendo que a maior parte vem da Queiroz Galvão, que vai desembolsar R$ 99,9 milhões.



*O repórter Antônio Carlos Garcia viajou a convite da ANP
Fonte: http://www.jornaldacidade.net/noticia-leitura/69/92498/queiroz-galvao-arremata-dois-blocos-da-bacia-se-al.html#.VhaC4Oz4-zc

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sergipe nos planos da Golar




O anúncio dos planos da Golar para instalar um novo FSRU (sigla de Floating Storage and Regaseification Unit, ou unidade de regaseificação e armazenagem flutuante) no Brasil fortaleceram o anúncio dos resultados no quadrimestre da companhia norueguesa.

Veja o que diz o site Hellenic Shipping News:

 "In order to develop Golar further and accelerate the implementation of the GoFLNG concept, the Company has in recent months been negotiating with Brazilian power partners. These partners have been awarded a 25 year PPA contract with Brazilian authorities to build and operate a 1.5 GWha LNG fuelled combined cycle power station in Sergipe, Northern Brazil. Golar has negotiated a right to participate in up to 25% of this project and has the exclusive right to provide the FSRU. In addition to supplying the power station with gas, the FSRU would also have excess capacity to deliver gas to the Brazilian grid. The partners are currently working through the permitting process and are in negotiations with LNG providers, contractors and financiers. The capacity payment achieved in the PPA contract was awarded at a historically high level."

Hellenic Shipping News Worldwide
Do site de Notícias "Helenic Shipping News"

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Petrobras adia operações em Sergipe



A Petrobras decidiu adiar o início de operações da maior descoberta de petróleo feita no Brasil após o pré-sal; inicialmente prevista para 2018, a instalação da primeira plataforma nas águas profundas de Sergipe terá que ficar somente para a próxima década; “Os projetos continuam na carteira da Petrobras, em data posterior a 2020, sem prejuízos à curva de produção prevista no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 da companhia”, informou a estatal; “Esperávamos um adiamento, mas achávamos que o início da produção ainda seria mantido para antes de 2020″, disse o consultor especial do governo de Sergipe para a área de petróleo e gás, José de Oliveira Junior

A Petrobras decidiu adiar o início de operações da maior descoberta de petróleo feita no Brasil após o pré-sal. Inicialmente prevista para 2018, a instalação da primeira plataforma nas águas profundas de Sergipe terá que ficar somente para a próxima década.

Com oito descobertas comunicadas à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) apenas nos últimos 12 meses, a região é encarada como a próxima fronteira petrolífera brasileira.

Nas jazidas descobertas, há óleo de boa qualidade


Projeções extraoficiais apontam a existência de pelo menos 3 bilhões de barris nas descobertas feitas na região, o equivalente a um quinto das reservas provadas brasileiras ao final de 2014. O volume, no entanto, precisa ainda ser comprovado.

A estatal previa duas plataformas para a região ainda nesta década: a primeira, com início das operações em 2018, e a segunda, em 2020. O novo Plano de Negócios da empresa, porém, não faz menção às unidades.

A Petrobras confirmou o adiamento em nota enviada à Folha: “Os projetos continuam na carteira da Petrobras, em data posterior a 2020, sem prejuízos à curva de produção prevista no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 da companhia.”

“Esperávamos um adiamento (das plataformas em Sergipe), mas achávamos que o início da produção ainda seria mantido para antes de 2020″, lamenta o consultor especial do governo de Sergipe para a área de petróleo e gás, José de Oliveira Junior. “O lado bom é que as descobertas da Petrobras nos últimos anos devem atrair interesse para o Estado no próximo leilão da ANP, que tem blocos bastante promissores em Sergipe”, completa Oliveira Junior.



Fonte: Brasil247

terça-feira, 2 de junho de 2015

Petrobras descobre nova acumulação de petróleo em área de Sergipe


 Petróleo está localizado a 5.350 metros de profundidade.

Área integra projeto exploratório da Bacia de Sergipe/Alagoas.

Confirmado óleo leve em Poço Verde 4.



A Petrobras informou nesta terça-feira (2) que encontrou uma nova acumulação de petróleo em águas ultraprofundas do poço conhecido como Poço Verde 4, na bacia de Sergipe. O local fica a 23,5 km do poço descobridor, em lâmina d’água de 2.479 metros e está a 5.350 metros de profundidade.
Segundo a estatal, os reservatórios de petróleo leve (mais valorizado) possuem espessura de 85 metros e boas condições de porosidade e permeabilidade. Este poço é o terceiro perfurado na área de Poço Verde, descoberta há três anos.
Essa área integra o projeto exploratório da Bacia de Sergipe/Alagoas em águas ultraprofundas. A Petrobras informa que vai fazer a perfuração até 5.500 metros, conforme programado e que vai dar continuidade ao Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), conforme aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A Petrobras, operadora do consórcio (75%) em parceria com a ONGC (25%), informa através de nota oficial que vai fazer um teste de formação (TFR) para avaliar os resultados, confirmar as condições dos reservatórios e o potencial de produção.

terça-feira, 26 de maio de 2015

PPP em debate

O blog SóSergipe publica debate sobre PPP



As Parcerias Público Privadas (PPP) são definidas na literatura internacional como um contrato de longo prazo entre um governo, seja ele federal, estadual ou municipal, com uma entidade privada que se compromete a  oferecer serviços de infraestrutura. Essa definição, longe de parecer simplória, divide opiniões. O sindicalista Waldir Rodrigues, vice-presidente em Sergipe da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/SE) vice-presidente em Sergipe da Federação Interestadual dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais (Fesempre), diz que essa é condenável, bancada pelo próprio Estado. Mas para o  economista e consultor  José de Oliveira Júnior, que participa do PPP de Sergipe,  elas permitem, de uma só vez: buscar crédito através dos parceiros privados, que assim  agregam capacidade de investimento que, sozinha, a empresa pública não teria.
E você, de que lado está?

Acompanhe a publicação original no link: http://www.sosergipe.com.br/debate-parcerias-publico-privadas/.

Aqui, reproduzimos o artigo de autoria de Oliveira Júnior:

PPP: alternativa para melhores serviços públicos

José de Oliveira Júnior
Economista, consultor, participa do Programa de PPP do Estado de Sergipe

O exame dos méritos das parcerias público privadas, PPP, como forma de modernização da prestação de serviços públicos ao cidadão, tem sido prejudicado no Brasil por um debate recorrentemente pobre. Parte dessa dificuldade é intrínseca ao processo: PPP pressupõe operações financeiras estruturadas, avaliação de riscos, projetos financeiros de certa complexidade e uma estrutura de garantias jurídicas bastante sofisticada. Temas áridos portanto para o debate político e superficial que infelizmente domina a cena política.

Mas a maior parte desta incompreensão decorre de um confronto ideológico. Fortes interesses eleitoreiros e corporativos preferem confundir a opinião pública com o uso de conceitos simplistas que reduzem tercerizações, concessões, privatizações e PPPs à mesma coisa, baseados na limitada idéia de que, sendo objeto de interesse do capital, todos esses instrumentos servem apenas para gerar lucros e reduzir o poder do Estado. Assim, parece bacana ser contra tudo isso achando que se está defendendo o Estado e lutando quixotescamente contra o capital … e, afinal, entender como funcionam esses instrumentos é coisa de tecnocrata, e indigna de atenção séria.

Oliveira Jr. defende PPP


Passa desapercebido a essas pessoas que o que mais reduz a confiança nos entes estatais hoje é justamente a incapacidade de prover serviços públicos eficiente em qualidade e preço. Na contramão do simplismo, acho que as PPP são ferramentas de contratação extremamente importantes para o setor público. E como ferramentas que são, é claro que tanto podem ser benéficas como mal utilizadas. Mas é inegável que trazem métodos eficazes, que podem fazer a população se beneficiar de práticas modernas de contratação, gestão de riscos, financiamento e introdução de melhorias tecnológicas e de gestão no serviço público.

Isso é tanto mais importante no Brasil porque em nosso país a gestão pública está completamente amarrada por um marco regulatório anacrônico, que quase inviabiliza práticas de excelência na gestão. Praticamente em todas as áreas importantes para a eficiência das empresas públicas, como, só para um rápido exemplo: i) recursos humanos (limitada nas formas de ingresso, desenvolvimento de carreiras, qualificação, meritocracia, desigualdades salariais e de vantagens nas gratificações e na previdência, produtividade, isonomia salarial e inadequada garantia de estabilidade no emprego público em flagrante contradição com a precariedade dos empregos privados), ii) contratações de bens e serviços, limitados pela anacrônica Lei 8.666, limitados a uma fiscalização formal hipertrofiada face a uma verdadeira displicência na gestão dos contratos e garantia de qualidade no fornecimento dos bens e serviços posterior ao rigor dos processos licitatórios; iiic) graves limitações ao financiamento (o Estado brasileiro só acessa crédito para investimentos em obras físicas, e os Governadores precisam cingir seus programas à oferta dos agentes financiadores e do orçamento da União, que dessa maneira limitam extraordinariamente a ação dos Estados e municípios); iv) completa inviabilidade de gestão moderna de riscos e acesso a inovações tecnológicas; v) ciclos políticos muito curtos que impedem o amadurecimento de boas práticas corporativas pela ingerência política na gestão empresarial, … e ainda haveria um alfabeto inteiro de exemplos.

Veja que não se trata de achar que a gestão privada é boa e a gestão pública é ruim, por alguma razão intrínseca ou questão de fé. Eu, por exemplo, defendo a gestão pública e sou contra a privatização de serviços essenciais. Acho que o Estado não pode abrir mão de uma estrutura forte para a gestão dos serviços públicos, inclusive operacionalizando-os diretamente sempre que puder fazê-lo de forma eficiente, e isso significa a um custo que o cidadão possa pagar, sabendo que é mais barato ou melhor que uma alternativa privada.

Em atividades como o fornecimento de serviços de água e esgoto, acho que precisamos de empresas estatais eficientes. Como sergipano, não abro mão da DESO, e vi com orgulho como a empresa superou o recente problema da quebra da adutora no Ponte de Pedra Branca. E acho que, mesmo diante das dificuldades estruturais já apontadas, muitas empresas públicas conseguem níveis satisfatórios de resolutividade no atendimento ao consumidor, muitas vezes graças ao empenho de dirigentes e servidores de alto grau de comprometimento público.
Mas adicionar a essas regras a inovação tecnológica, capacidade financeira e a expertise de parceiros privados – mesmo levando em conta que eles buscam     oportunidades de lucro, não de filantropia – significa aumentar a eficiência da gestão pública, e não descaracterizá-la.

No caso dos serviços de água e esgoto – em Sergipe, a nossa DESO e também os serviços municipais em algumas cidades – lembro que metade da população brasileira, ou mais, não acessa serviços de esgotamento sanitário. E esse problema só se resolve com investimentos altos, que o aporte público sozinho não poderá resolver em prazos de tempo razoáveis. Basta ver que nenhuma concessionária no Brasil pode bancar os investimentos de expansão das redes de água e esgoto sozinhas, a não ser que pratiquem preços muito mais altos que os atuais e inviáveis para a população pobre.

PPP então permitem, de uma só vez: buscar crédito através dos parceiros privados, que assim  agregam capacidade de investimento que, sozinha, a empresa pública não teria; viabilizar a introdução de métodos e técnicas inovadoras; beneficiar-se da gestão privada, no que for mais eficaz para o desenvolvimento dos serviços, permitindo à empresa pública focar seus objetivos sociais, e evitar dispersão, delegando as atividades complementares à sua ação. Isso pode perfeitamente ser feito sem demitir pessoal das empresas, sem privatizar nada, sem reduzir a presença dessas estatais junto à população. Pode, ao contrário, ser um instrumento de melhoria da sua imagem perante o consumidor, que vai saber reconhecer imediatamente a melhoria da qualidade na prestação de serviços.

O potencial desses instrumentos é imenso. Vale lembrar o exemplo atual do Rio de Janeiro. Lá, foi utilizado um instrumento introduzido há poucos anos no Brasil pelo Estatuto das Cidades: trata-se do CEPAC – Certificados de Potencial Adicional de Construção, que são valores mobiliários emitidos pelas Prefeituras. Esses títulos são utilizados como meio de pagamento para a outorga do chamado Direito Urbanístico Adicional. É um instrumento financeiro, que no caso do Rio foi transformado pela Caixa Econômica Federal em um fundo capaz de financiar operações de PP dentro do projeto chamado de Porto Maravilha.
Ou seja, um instrumento financeiro é capaz de “trazer”o futuro para os dias atuais, através de um título financeiro que assim pode garantir investimentos privados, realizados agora, no momento presente. Avaliados devidamente os riscos, instituições financeiras trazem a valor presente esses títulos e financiam as obras de melhorias dos serviços urbanos que a Prefeitura do Rio oferece. É como se o sistema financeiro permitisse precificar hoje, para viabilizar os investimentos necessários, os enormes benefícios que a cidade poderá auferir em um prazo de duas a três décadas.

Não há dúvida que isso permite a oferta de serviços à população que, pelos mecanismos tradicionais de contratação de serviços seria impossível oferecer. 

Esse é um belo exemplo, dentre muitos (ainda que existam também exemplos de mau uso de PPP no Brasil). PPP podem fazer com que as empresas estatais ofereçam serviços melhores à população, continuando estatais, mas operando a um custo menor e ampliando a ofertando serviços muito mais rapidamente. Assim, PPPs valem à pena, ainda que careçam, como qualquer outro instrumento complexo de gestão, ser devidamente analisadas e cuidadosamente implementadas. E, bem feitas, em nada ferem os interesses dos servidores públicos ou da população, beneficiando a própria empresa e os os consumidores dos serviços.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Palácio-Museu Olímpio Campos completa cinco anos




O Palácio-Museu Olímpio Campos comemorou na última sexta-feira (22) 5 anos. Como parte das comemorações, abriu as portas mais cedo, às 9h, mantendo a visitação gratuita até as 17h. Além disso, ocorreram as apresentações da Banda Filarmônica da Polícia Militar e do Quarteto de Sopros da Filarmônica de Itabaiana para convidados.

Em seguida ocorreu a mesa-redonda com as professoras Janaína Melo, Lílian Alexandre e Andreza Maynard tratando o tema 'Economia Criativa nos Museus: arte, turismo e sustentabilidade. Também foi inaugurada a exposição "As Noivas do Palácio", uma coletiva de fotografias que documentam o uso espontâneo do Museu como cenário de noivas e noivos para eternizarem esse importante momento.

Entre os convidados, representando o Governador Jackson Barreto e o Secretário em Chefe da Casa Civil Belivaldo Chagas, José de Oliveira Júnior, Chefe da Casa Civil à época da restauração e inauguração, destacou o papel de guardião da memória política sergipana que cumpre o Museu e a relação afetiva que vem sendo construída com a sociedade ao longo desses cinco anos.

Relembre


Governador reabre Palácio Olímpio Campos e o transforma em Museu

Evento aconteceu nesta sexta, 21, e contou com a apresentação da Orsse sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky.

Um dos maiores símbolos da história política, cultural e arquitetônica de Sergipe foi reaberto ao público na noite desta sexta-feira, 21. Numa iniciativa do Governo do Estado, o Palácio Olímpio Campos, inaugurado em 1863 e sede da administração estadual até o ano de 1995, foi totalmente recuperado e agora abriga o Palácio-Museu Olímpio Campos (PMOC). Na solenidade de reinauguração do espaço, o governador Marcelo Déda relembrou fatos marcantes que ali ocorreram, homenageou ex-governadores e afirmou que “não há nada mais próprio de dizer ao povo de Sergipe do que aquela frase tradicional: ‘Pode entrar, a casa é sua’”.

“O Palácio vai funcionar como museu para que todos os sergipanos possam conhecê-lo e aprender com ele. Para que os jovens, estudantes, possam visitar as suas salas, os seus quartos, os seus gabinetes, e buscar ali a essência da história política de Sergipe”, ressaltou o governador, antecipando que também pretende utilizar o ambiente para praticar atos solenes, receber lideranças nacionais e internacionais, entregar condecorações e dedicar, ao menos uma vez por semana, meio dia de audiência para receber cidadãos e autoridades.

“Mas a maior parte do tempo o Palácio será museu. Não museu no sentido de coisa parada no tempo, mas no sentido de obra aberta, para que os sergipanos convivam e aprendam com ele, que é referência do passado, e edifiquem com a régua e o compasso da democracia, os nossos dias de futuro. Será, por isso, Palácio-Museu, mas será sempre símbolo maior do poder republicano”, complementou.

Na oportunidade, Marcelo Déda ainda remeteu ao dia em que tomou posse como governador do Estado, no ano de 2007. Ele lembrou que após as formalidades de praxe, com o juramento solene na Assembleia Legislativa e a transmissão do cargo no Teatro Tobias Barreto, deslocou-se até o Palácio Olímpio Campos, que àquela época estava com sua estrutura comprometida, e discursou para o público presente à Praça Fausto Cardoso. 

“Na minha cabeça e no meu coração era preciso vir a este Palácio, símbolo do poder republicano, símbolo do poder democrático, para nele concluir o processo que me trouxe ao Governo do Estado e me efetivou na liderança desse povo bravo, ordeiro, rebelde e transformador que é o povo de Sergipe. Naquele dia, daquela janela, eu assumi comigo mesmo o compromisso de que este Palácio voltaria a ser o que fora”, afirmou o governador, realizado por estar concretizando uma de suas principais metas de governo.

Ex-governadores

Em meio aos políticos presentes à reabertura do Palácio Olímpio Campos estavam os ex-governadores Albano Franco, João Alves Filho, Seixas Dória e Paulo Barreto, além do hoje senador Antônio Carlos Valadares, que foi o último a residir no local. “É uma belíssima obra que restaura inteiramente o Palácio, com a preservação total daquilo que foi concebido de forma original pela inteligência e brilhantismo de nossos engenheiros e arquitetos do passado”, colocou Valadares.

Atualmente deputado federal, Albano Franco descreveu a restauração como uma “obra maravilhosa” e recordou o período de três anos em que seu pai, o falecido ex-governador Augusto Franco, morou no Olímpio Campos. “Também nos primeiros quatro anos do meu primeiro governo administrei aqui do Palácio Olímpio Campos. Esta realmente é uma obra que deve ser reconhecida pelos sergipanos”, observou.

Para João Alves Filho, a melhoria concretizada pelo Governo do Estado é de tamanha qualidade que “não fica a dever aos bons exemplos vistos em outros estados e países”, exaltou o ex-governador, segundo o qual a obra está acima das questões políticas. “É uma obra perene, por isso justifica estarem juntos políticos de varias correntes para homenagear a democracia sergipana”, concluiu.

Em seu discurso, o governador Marcelo Déda destacou que a presença dos ex-governantes concretiza uma parábola cuja lição diz que o Palácio, assim como as nações e os estados, não são feitos por um homem só. “Ninguém sozinho pode dizer: ‘Eu fiz Sergipe!’. Sergipe é e será sempre uma obra coletiva de seu povo”, pontuou Déda, estendendo a colocação aos ex-vice-governadores de Sergipe, entre os quais estavam presentes Adalberto Moura, Benedito Figueiredo e José Carlos Teixeira.

A obra
À frente do minucioso trabalho de restauração dos aspectos originais do Palácio Olímpio Campos esteve a Secretaria de Estado da Casa Civil, comandada pelo secretário Oliveira Júnior. “Recebi com honra e satisfação a tarefa que o governador Marcelo Déda me incumbiu, que foi a de ajudar a fazer esta reforma e instalar aqui os equipamentos que transformam esse prédio também em um museu. Então é um momento de felicidade e eu acho que o governador foi muito feliz ao conceber a ideia”, salientou.

Nos cômodos do Museu estão galerias com fotos dos governadores e vices, biblioteca com obras, medalhas e documentos pessoais de governadores, um quarto decorado em homenagem às mulheres que se destacaram na evolução política do Estado, uma maquete que remonta a cidade de Aracaju na década de 20, com destaque para o bondinho e o famoso cinema Rio Branco, exposições de obras importantes do Estado e muito mais.

Com a entrada gratuita, a partir deste sábado, 22, o Palácio-Museu estará de portas abertas para quem quiser apreciar o rico conteúdo reunido em seu interior. O horário de funcionamento irá das 10h às 17h, no caso das terças às sextas-feiras e das 9h às 13h, nos sábados e domingos.

Orquestra

Após a solenidade de inauguração do PMOC, o público presente permaneceu diante do palco montado na Praça Fausto Cardoso para acompanhar a apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), sob a batuta do maestro paulista Isaac Karabtchevsky, que um dia antes havia conhecido as instalações do Museu a convite do governador Marcelo Déda.

Antes de iniciar sua apresentação, o maestro fez questão de elogiar a iniciativa do Governo do Estado. “É uma coisa que enche de orgulho a todos nós brasileiros, ao nos depararmos com um trabalho dessa envergadura. Deveria ser imitado por todos os estados onde as estruturas se fenecem pela falta de cuidado, de acuidade na reprodução do ambiente de uma época”, observou Karabtchevsky.

Presenças
Na cerimônia de inauguração do Palácio-Museu, além dos ex-governadores e ex-vice-governadores do Estado, também estavam presentes autoridades como o atual vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, o senador Almeida Lima, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, os deputados federais Iran Barbosa, Jackson Barreto e Eduardo Amorim, e os deputados estaduais Luiz Mitidieri, Mardoqueu Bodano, Pastor Antônio, Ana Angélica, Zeca da Silva, Rogério Carvalho e Paulinho da Varzinhas Filho.

Compareceram ainda o desembargador Roberto Porto, presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, a procuradora geral do Ministério Público do Estado (MPE), Maria Cristina Foz Mendonça e o bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique, além de prefeitos do interior sergipano, vereadores, secretários de Estado e secretários municipais.

Fonte: ANS 
Foto: César Oliveira

quinta-feira, 7 de maio de 2015

EPE divulga resultados oficias do Leilão A-5


Leilão A-5 2015 comercializa 1,9 mil MW de energia e viabiliza investimentos de R$ 6 bilhões no país

O site da Empresa de Pesquisas Energéticas - EPE, divulgou em seu site os resultados oficiais do leilão A-5. Leia a matéria abaixo e veja, nos links, os resultados do leilão realizado.



O Leilão de Energia Elétrica A-5 2015, realizado no dia 30 de abril, comercializou 1,9 mil megawatts de nova potência instalada de geração de energia elétrica no país, o que significará investimentos das ordem de R$ 6 bilhões para a construção dos empreendimentos. Ao todo foram contratados 14 projetos, movimentando contratos de compra e venda de energia da ordem de R$ 67,4 bilhões, e que irão garantir o fornecimento de energia elétrica a partir de 2020.
Para mais detalhes, acesse o link abaixo: 

sábado, 2 de maio de 2015

Sergipe sediará projeto vencedor do Leilão A-5 2015

A construção em Sergipe de uma Usina Termoelétrica com capacidade de gerar quase 1.515 Mw movida a gás natural é o maior projeto vencedor do primeiro grande leilão deste ano da ANEEL



Veja matéria da Reuters, de http://noticias.r7.com/brasil/termica-de-r33-bi-movida-a-gnl-importado-e-maior-vendedora-do-leilao-a-5-30042015-5

Térmica de R$3,3 bi movida a GNL importado é maior vendedora do leilão A-5


SÃO PAULO (Reuters) - Maior vendedora do leilão de energia A-5 realizado nesta quinta-feira, a termelétrica Porto de Sergipe I, de 1,5 mil megawatts (MW), é um projeto do grupo nacional Genpower Energy que vai usar gás natural liquefeito (GNL) importado para operar após investimentos de cerca de 3,3 bilhões de reais.

O projeto terá que entregar energia a partir de janeiro de 2020 e será abastecido por um terminal de regaseificação a ser instalado em Sergipe, numa estratégia semelhante à adotada pelo grupo brasileiro Bolognesi, que saiu entre os vencedores do último leilão A-5 realizado no final do ano passado.

"O risco é zero. O projeto já está todo estruturado", disse o diretor jurídico da Genpower, Julio Matuch, à Reuters. Ele evitou comentar o nome do fornecedor do GNL, mas afirmou que se trata de uma das maiores empresas do setor no mundo, atualmente.

Segundo Matuch, o financiamento do investimento na usina será feito 85 por cento via créditos de exportação e o restante, via capital próprio. Não há intenção de uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A engenharia do projeto já está toda contratada", afirmou ele sem dar mais detalhes.

O projeto da térmica em Sergipe marcará a primeira vez que a empresa fundada em 1993 vai operar uma termelétrica. Para isso, a companhia acertou uma parceria com a brasileira Eletricidade do Brasil SA (EBrasil), disse Matuch.

Anteriormente, a companhia atuava na concepção dos projetos, sem se envolver na operação. A Genpower estruturou 21 projetos de térmicas que foram vendidos em bloco para o grupo Bertim em 2008, disse o diretor jurídico.

Após vencer o leilão A-5, o objetivo da Genpower agora é ter projetos de energia renovável, "pelo menos mais dois projetos", disse Matuch, sem comentar a natureza das fontes.

Quando concluída, a usina Porto de Sergipe I será uma das maiores termelétricas do país e será construída em um momento em que grupos privados do país tentam reduzir dependência do fornecimento de gás da Petrobras. Os projetos do grupo Bolognesi, por exemplo, incluem duas térmicas de 1.200 MW cada que serão ligadas a terminais de regaseificação, em investimentos de 6 bilhões de reais.

A térmica de Sergipe vendeu 867 megawatts médios de um total negociado no leilão de 945 MW médios vendidos de empreendimentos termelétricos no certame. A usina é de ciclo combinado, usa a queima do GNL para gerar energia e o gás resultante aquece caldeiras cujo vapor também reforça a geração de eletricidade.

Entre os maiores compradores da energia da usina, está a distribuidora Amazonas Energia, disse o Matuch.


Instalação típica de Usina Termelétrica

SUCESSO

Para representantes do governo federal, apesar do deságio de menos de 1 por cento no preço médio do leilão, o leilão foi bem sucedido já que teve mais oferta que demanda e mais de 80 por cento da energia vendida é de termelétricas, que ajudam a enfrentar períodos como o atual de níveis baixos de reservatórios de hidrelétricas.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que o leilão "privilegiou a segurança no abastecimento (de energia do país)". Segundo ele, o deságio de 0,92 por cento no preço médio, a 259,19 reais o megawatt-hora, significou que o preço-teto foi "correto".

"Quando o deságio é grande, as vezes é porque você errou a mão (no preço-teto). O que o resultado mostra é que o preço fixado foi correto, porque permitiu atender toda a demanda e permitiu o investimento dos investidores", disse Tolmasquim a jornalistas após o resultado da disputa.

Segundo Tolmasquim, muitos investidores de empreendimentos térmicos chegaram a procurar o governo pedindo um adiamento do leilão por não terem tido tempo para encaminharem todos os documentos, o que dá segurança para o governo avaliar novos leilões de termelétricas, podendo ser um leilão de reserva.

Para o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, como o país está vivendo um esgotamento do potencial hidrelétrico, a matriz de energia está ficando cada vez mais cara por conta do aumento da participação das térmicas.

"Do ponto de vista de segurança energética o leilão foi, de fato, um sucesso. Mas não dá para esquecermos o fato de que estamos ficando com uma matriz energética cada vez mais cara."

O preço médio do leilão desta quinta-feira é 32 por cento maior que o valor definido no último certame de mesmo prazo realizado no final de novembro passado.

Os maiores compradores do leilão foram as distribuidoras Light, com 29,8 milhões de megawatts-hora; Celpe, do grupo Neoenergia, com 27,6 milhões de MWh; e Eletropaulo, com 26,6 milhões de MWh.

Ao todo, o leilão negociou contratos que somam 67,4 bilhões de reais e uma geração de eletricidade total de 1.146 MW médios.

As usinas hidrelétricas venderam energia a um preço médio de 183,66 reais por MWh, ante preço-teto inicial de 210 reais por MWh. Já as termelétricas venderam a um preço médio de 278,46 reais o MWh, ante preço máximo de 281 reais por MWh.

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ITAOCARA I

Outro destaque do leilão foi a hidrelétrica Itaocara I, no Rio de Janeiro. O projeto planejado na década de 1990 e que passou por sucessivos adiamentos diante de dificuldades de licenciamento vendeu energia com deságio de apenas 1 centavo em relação ao preço máximo definido no edital, de 155 reais por MWh.

A hidrelétrica de 150 MW de potência foi vencida por Cemig e Light, que chegou a deter a concessão da usina, mas acabou tendo de devolvê-la anteriormente ao governo federal.

O investimento projetado para Itaocara I é de 875,5 milhões de reais.

Além de Itaocara I e da térmica Porto de Sergipe I, o leilão vendeu oito projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), três térmicas a biomassa, sendo duas movidas a bagaço de cana e uma a cavaco de madeira; e a hidrelétrica de Tibagi Montante, no Paraná, com potência de 32 megawatts.


(Por Alberto Alerigi Jr.)

Copyright Thomson Reuters 2012

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Petrobras bate novo recorde em Sergipe

Diz a Petrobras em edição do blog Fatos e Dados de 29 de abril de 2015:

Concluímos a perfuração do poço 3-BRSA-1296-SES (nomenclatura ANP), em águas ultraprofundas da Bacia de Sergipe, na concessão BM-SEAL-10, bloco SEAL-M-499.

Os resultados dos testes confirmaram a presença de petróleo leve (de maior valor de mercado) e boas condições de porosidade e permeabilidade dos reservatórios.

A perfuração do poço atingiu a profundidade final de 6.060 metros. O poço está localizado a 94 km da cidade de Aracaju (SE), a 10 km do poço descobridor, em profundidade de água de 2.988 metros. Essa profundidade representa um novo recorde na perfuração de poços marítimos na costa brasileira.

Este é o terceiro poço de extensão na área de Moita Bonita, descoberta em agosto de 2012, e integra o projeto exploratório da Bacia de Sergipe-Alagoas em águas profundas.

Detemos 100% de participação no bloco e daremos continuidade ao Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), conforme aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Mapa da área de Moita Bonita, em águas profundas



http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/concluimos-poco-na-bacia-de-sergipe-e-batemos-recorde-de-profundidade-de-agua-na-costa-brasileira.htm

sexta-feira, 27 de março de 2015

Terminal Marítimo Inácio Barbosa começa a exportar soja para a Europa



Diversificação de Produtos exportados através do Porto de Sergipe facilita crescimento econômico





Iniciaram as atividades de exportação de soja pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB). Esta semana foram descarregadas cerca de 160 toneladas do grão provenientes da Bahia, por via terrestre, e cujo primeiro embarque marítimo está previsto para meados de abril. 

A operação de exportação está sendo realizada pela empresa Multigrain Importação que prevê o embarque no Terminal da Barra dos Coqueiros, ao longo deste ano, de aproximadamente 150 mil toneladas de soja com destino à Russia e outros países do continente europeu, podendo alcançar o montante de 450 mil toneladas nos próximos dois anos. 

José de Oliveira Jr,, assessor do Governo do Estado de Sergipe, foi um dos responsáveis pela regularização a partir da transferência da outorga para o consórcio entre Governo do Estado, VLI e Petrobras. Ativo entusiasta da modernização e reformulação das atividades do Porto, destacou que "(...) essa operação comprova que o TMIB pode e deve ser utilizado para outras atividades econômicas, diversificando a pauta de produtos e contribuindo para o escoamento da produção agrícola da região nordeste do Brasil." 

O TMIB é um terminal offshore. Seu cais de acostagem situa-se a 2.400 m da linha da costa e é abrigado por um quebra-mar artificial de 550 m. O porto opera cargas gerais como madeira, coque, uréia, trigo, ferilizantes e sucos naturais. É ainda utilizado pela Petrobras para apoio às atividades de exploração e produção de petróleo na costa de Sergipe. O terminal está ligado à malha rodoviária federal (BR-101) através da rodovia estadual SE-226, com 22 quilômetros de extensão.










Oliveira Jr.: “





quarta-feira, 18 de março de 2015

Área petrolífera de Sergipe tem poço em maior profundidade d'água


A Petrobras informou nesta terça-feira ter registrado um novo recorde nacional de profundidade d'água em uma perfuração exploratória de petróleo, de 2.990 metros, em um poço na promissora Bacia de Sergipe-Alagoas, na área de Moita Bonita, a 92 km de Aracaju.
"Trata-se de um resultado expressivo, consideradas as condições adversas de perfuração no local, com intensas correntes marítimas, além da grande profundidade da água e da necessidade de utilização de equipamentos de perfuração mais robustos...", disse a Petrobras em nota.
Segundo a estatal, apenas seis poços exploratórios superaram essa marca no mundo. Do total de 50 poços com maior profundidade, a Petrobras perfurou 15 (30 por cento), acrescentou.
As descobertas em águas profundas na bacia de Sergipe-Alagoas, desde de 2010, revelaram uma nova fronteira exploratória "extremamente promissora", lembrou a Petrobras. O teste de formação na área, realizado em 2012, confirmou a presença de petróleo de 41º API (petróleo leve, de boa qualidade) e a boa produtividade do reservatório. 
Oito poços na região superaram a marca de 2.700 metros de profundidade, todos perfurados em um período de três anos, disse a Petrobras.

(Por Roberto Samora - REUTERS)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Petrobras comunica descoberta de óleo e gás na Bacia Sergipe-Alagoas

Poço começou a ser perfurado em janeiro, menos de dois anos após a aquisição do bloco


A Petrobras comunicou à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), no último dia 22, a descoberta de indícios de gás e petróleo na primeira perfuração de um campo obtido na 12ª Rodada, realizada em 2013. A estatal confirmou a descoberta no poço terrestre 1-BRSA-1291 - D-SE , localizado no bloco SEAL-T-420.

O poço começou a ser perfurado em 10 de janeiro, menos de dois anos após a aquisição do bloco pela estatal, em novembro 2013. A Petrobras obteve sozinha a concessão do bloco, pela qual pagou cerca de R$ 1,32 milhão. Ela também realiza a operação do bloco. Na 12ª rodada, a estatal arrematou 49 blocos de um total de 50 ofertas apresentadas.

A Bacia de Sergipe-Alagoas situa-se na Região Nordeste do Brasil entre os Estados de mesmo nome, cortados pelo Rio São Francisco. A área terrestre possui uma extensão de 13 mil km2.






Bacia de Sergipe-Alagoas situa-se na Região Nordeste do Brasil
 Fotografia: Lucas Lacaz Ruiz/Agência Estado


Fonte: Estadão e portal R7

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Petrobras anuncia descoberta de petróleo na Bacia de Sergipe

09/01/15 - A Petrobras anunciou, na noite dessa quinta-feira (8), a descoberta de óleo leve e gás natural na área de Farfan, em águas ultraprofundas do bloco marítimo Sergipe/Alagoas 11, localizado na Bacia de Sergipe.

A descoberta se deu a partir de um dos poços pioneiros que a estatal vem perfurando na região. Segundo a empresa, o óleo é de boa qualidade (petróleo leve), entre 37 e 40 graus API - medida que determina a qualidade.

Os resultados ratificam a descoberta de óleo leve e gás na área de Farfan, conforme comunicado feito ao mercado no dia 9 de agosto de 2013. Essa perfuração também constatou a presença de nova acumulação de óleo leve em reservatório mais profundo, com espessura de 28 metros.

Localizado a 107 quilômetros (km) da cidade de Aracaju, a 5,7 km do poço descobridor e em profundidade de água de 2.492 metros, o poço alcançou a profundidade final de 5.900 metros e, no momento, encontra-se em avaliação.

A empresa informou ainda que essa acumulação integra o projeto exploratório da Bacia Sergipe-Alagoas em águas profundas, conforme previsto no Plano de Negócios e Gestão da Petrobras para o período 2014-2018.

A Petrobras informou que dará continuidade ao Plano de Avaliação da Descoberta, conforme aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. A estatal brasileira é a operadora do consórcio (60%) em parceria com a IBV-BRASIL (40%).

Nielmar de Oliveira com edição de Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil - ABr