sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Diálogos pela expansão e o desenvolvimento energético sustentável

Estiveram reunidos na tarde do último dia 30 de outubro, no Palácio dos Despachos, Oliveira Jr. e o Manager da ENGEPET - Empresa de Engenharia de Petróleo, Sr. Homero Pessoa, para debater estratégias relacionadas à expansão e ao desenvolvimento sustentável das potencialidades energéticas do Estado de Sergipe.

Oliveira Jr. e Homero Pessoa, da ENGEPET


A discussão se encontra no escopo de um dos projetos prioritários da SUDEN, que é justamente provocar o diálogo com atores do universo energético, a  fim de promover ações sinérgicas e articulações entre as ações governamentais, as potencialidades e necessidades locais e o desenvolvimento sustentável, no mais amplo senso.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Petrobras aposta no potencial de Sergipe-Alagoas

Por Rodrigo Polito e Cláudia Schüffner


A Petrobras pretende iniciar um teste de longa duração (TLD) na área de Muriú, na promissora bacia de Sergipe-Alagoas, no fim de 2015. O objetivo da empresa é obter mais detalhes do reservatório e calibrar o sistema de produção futuro para a região.

"Já definimos o sistema [de produção] para 2018. Já estamos trabalhando na melhor solução para lá [Sergipe-Alagoas], tanto que, no ano passado, definimos uma unidade de 100 mil barris/dia para 2018. Isso, por enquanto, está firme e forte, pelo resultado que estamos tendo", afirmou ontem o diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, José Miranda Formigli, na Offshore Technology Conference (OTC), conferência internacional da indústria petrolífera, no Rio de Janeiro.

Com relação ao TLD, a companhia ainda vai definir qual unidade será destinada para a operação. Entre as alternativas em estudo estão a plataforma P-34 e a FPSO (plataforma flutuante de produção e armazenamento de petróleo) Rio das Ostras, além de unidades utilizadas atualmente nas áreas de pré-sal.

Formigli também confirmou que a Petrobras pretende se reunir com os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda para discutir sobre a declaração de comercialidade de áreas da cessão onerosa. Ele, porém, não indicou um prazo previsto para que a declaração seja feita junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Com relação ao contrato da cessão onerosa, dentro de um determinado período, temos que avisar a agência e aos ministérios que estamos tendo bons resultados e que temos intenção de declarar comercialidade. Isso não quer dizer que temos data marcada para isso, mas a intenção existe", disse Formigli. "Declaração de comercialidade não se avisa com antecedência. [Mas] podemos dizer que os resultados são muito bons", completou.

Com relação ao campo de Libra, Formigli disse que o consórcio vai divulgar em breve algumas metas, inclusive de produção, para a área. Ele repetiu que o primeiro óleo no campo está previsto para 2020. Ele não soube afirmar quando será feito o pagamento da parcela da Petrobras do bônus de assinatura de Libra.

Presente ao evento, o diretor-geral da Total, sócia da Petrobras em Libra, Denis de Besset, afirmou que o pagamento deverá ser feito até a assinatura do contrato de concessão, que deve ocorrer em novembro

Formigli reforçou que a prioridade da área de E&P da Petrobras neste momento é o "P de produção". "Nossa prioridade é transformar o óleo que está no reservatório em óleo produzido".




Fonte: Valor Econômico via UDOP

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

As novas descobertas de petróleo em Sergipe


Por Ricardo Lacerda

Na última quarta-feira, a diretora-geral da ANP -Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis-, a engenheira Magda Chambriard, apresentou comunicação no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e, em seguida, voltou a apresentá-la em audiência com a participação do governo e da imprensa no Palácio de Veraneio, sobre a 12ª rodada de licitações de petróleo e gás promovida por aquela instituição, desde a mudança no marco regulatório do setor que na segunda metade dos anos noventa quebrou o monopólio estatal na exploração do petróleo.  

A 12ª rodada vai licitar nos dias 28 e 29 de novembro 240 blocos terrestres de exploração de gás natural, em catorze estados do país, sob regime de concessão, visto que o sistema de partilha é considerado exceção, aplicado apenas para a exploração marítima na área do pré-sal. Na bacia Sergipe- Alagoas serão leiloados oitenta blocos de exploração, dos quais trinta na sub-bacia de Sergipe, em território de catorze municípios.

A curiosidade das pessoas presentes às audiências, todavia, voltava-se para as novas descobertas em águas profundas no litoral sergipano. A diretora-geral da ANP não se furtou a falar no tema, ainda que sublinhando que sua presença em Aracaju tinha como objetivo divulgar o leilão da 12ª rodada e não anunciar a dimensão dos novos poços.

As novas descobertas


As descobertas dos campos no litoral sergipano tiveram repercussão internacional, a partir do furo jornalístico em setembro da agência de notícias Reuters. Frente à veiculação massiva da notícia na imprensa especializada e não especializada, a Petrobras emitiu comunicados públicos, confirmando as descobertas, mas manteve-se todo o tempo cautelosa em relação ao tamanho das reservas encontradas.

Os novos campos se situam no bloco SEAL-11 e suas áreas adjacentes, situadas a cerca de 100 quilômetros da costa de Sergipe, em que a Petrobras detém 60%, enquanto a IBV- Brasil, braço brasileiro das indianas Bharat Petroleum (BPCL) e a Videocon Industries, possui os demais 40% (ver na Figura a localização do poço conhecido com Farfan 1, situado a 104 km da costa de Aracaju).

A Petrobras não confirma, todavia, a informação propalada pela agencia Reuters, aparentemente com base em fonte ligada aos sócios indianos, de que a reserva pode alcançar entre 1 e 3 bilhões de barris de petróleo, de óleo fino, valioso e de alta qualidade.

A presidente da empresa, Graça Foster, adiantou apenas que se trata de uma “bela” descoberta e, em outra ocasião, declarou se tratar de uma “excepcional” descoberta. E reiterou a informação veiculada anteriormente de que até 2018, se espera que os novos campos venham a produzir algo em torno de 100 mil barris/dia, estimativa ainda sujeita à confirmação.

Nas apresentações feitas em Sergipe, a diretora-geral da ANP trouxe informações adicionais. Registrou inicialmente que, em assuntos de petróleo e gás natural, o ‘mar’ está chegando para Sergipe, província petrolífera tradicionalmente associada à exploração terrestre. Em relação às novas descobertas, informou que foram aprovados recentemente pela diretoria da ANP quatro dos oito Planos de Avaliação de Descobertas (PADs) dos novos poços, confirmando a presença de óleo leve (de alto valor), três PADs estão no momento sob avaliação da diretoria, e o último ainda se encontra em elaboração pela equipe técnica.

Desenvolvimento regional


A diretora-geral da ANP fez questão de destacar a preocupação da agência em explorar novas áreas da bacia sedimentar brasileira, procurando espraiar no território nacional os investimentos na exploração do petróleo que, nas últimas duas décadas, se concentraram na região sudeste, muito especificamente no litoral do Rio de Janeiro, e mais recentemente no Espírito Santo e na bacia de Santos.

Permanece, todavia, a preocupação com os efeitos da exploração do pré-sal sobre as desigualdades de desenvolvimento regional brasileiro. Como consta da apresentação da ANP, com base em dados do BNDES, estão previstos investimentos da ordem de R$ 400 bilhões, apenas entre 2013 e 2016, na indústria de petróleo brasileira. A ANP estima que, no próximo decênio, os investimentos na exploração e beneficiamento do petróleo gerarão demandas por bens e serviços na cadeia produtiva da ordem de US$ 400 bilhões, e o Nordeste corre o risco de receber benefícios apenas marginais nesse ciclo de investimentos.

Para a ANP, as reservas brasileiras provadas de petróleo e gás deverão dobrar até o início da próxima década. Para Sergipe, se as novas descobertas confirmarem jazidas na dimensão esperada, as reservas multiplicarão por mais de quatro vezes. Um mar de petróleo.

ANP. *a projeção para 2016/2018 foi divulgada pela agência Reuters.
Mapa da Área do poço de Farfan 1, divulgado pela Petrobras em 18 de outubro de 2013.

Mapa da Área das novas descobertas , divulgado pela ANP em 23 de outubro de 2013.

Postagem original Cenários de Desenvolvimento

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PDE 2022: Plano Decenal de Expansão de Energia



A proposta do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2022, que entrou em consulta pública nesta quinta-feira, estima que serão necessários investimentos de cerca de 200 bilhões de reais para expandir a geração de energia no Brasil até 2022 para atender ao aumento previsto da demanda por eletricidade. 
O documento considera uma expansão da capacidade instalada de geração elétrica do país para 183 gigawatts (GW) no final de 2022, ante 119,5 GW em dezembro de 2012 -- um acréscimo de 53 por cento na oferta.

Do total de investimentos previstos em geração, 77,9 bilhões de reais já serão investidos nas usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova. O restante --122 bilhões de reais-- é o montante a ser investido em novas usinas ainda não contratadas ou autorizadas, "sendo 61 por cento em hidrelétricas, 38 por cento no conjunto de outras fontes renováveis (pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e eólica) e 1 por cento em termelétricas", informou a proposta do PDE.

No documento, estima-se um incremento médio de carga de energia no sistema nacional de cerca de 3 mil megawatts (MW) médios por ano, entre 2013 e 2022, ou cerca de 4,2 por cento ao ano.

Os investimentos previstos na expansão na infraestrutura de transmissão de energia somam 60,4 bilhões de reais, sendo 37,8 bilhões em linhas de transmissão e 22,6 bilhões em subestações.

O PDE dá diretrizes para a expansão energética do país e está em consulta pública até 10 de novembro, segundo portaria do Ministério de Minas e Energia publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.

Clique aqui para fazer o download do documento: PDE 2022.
Ou visualize no sítio web da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).


Fonte: Reuters Brasil
Imagem: Blog Investigación y Desarrollo