quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Gás da 12ª Rodada pode ajudar na geração de Energia

Rodrigo Polito, RJ, afirma hoje no jornal Valor que "o governo dá vários sinais muito claros de que enxerga a geração termelétrica como a melhor opção para o potencial de gás natural a ser descoberto e produzido nas áreas terrestres que serão ofertadas na 12ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marcada para 28 e 29 de novembro."



Para o jornalista, foram três os "sinais" do governo:  o primeiro foi "as declarações do secretário de Desenvolvimento Econômico e Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, de que o governo prevê a construção de usinas termelétricas na 'boca do poço', ou seja, nas proximidades das possíveis descobertas nos blocos que serão leiloados". 

Um segundo fato é que o governo avalia ampliar o despacho (acionamento) de usinas termelétricas no sistema elétrico nacional, devido a menor capacidade de acumulação de águas nos reservatórios hidrelétricos em relação ao crescimento do consumo de energia no país, o que impactará na demanda por produção energética e gás para tanto. E "um terceiro sinal evidente é a demora na publicação do Plano de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário (Pemat), que está emperrado no MME.".

Se estivesse em Aracaju ontem no lançamento local feito pela ANP para a 12ª Rodada, o jornalista poderia acrescentar à sua lista a fala da diretora da Agência Nacional de Petróleo. Como Magda Chambriard mostrou, usando imagens de poços na proximidade de geradores de energia, a forma de o país superar o gargalo da ausência de redes de distribuição muito amplas é exatamente aproximar a geração da extração. E isso coloca o estado de Sergipe em uma situaçao estrategicamente muito oportuna.

A razão disso é simples: em Sergipe estão fisicamente próximas áreas que podem ser bastante produtivas, e já existe estrutura produtiva sofisticada e suficiente para atender a essas novas demandas. Entre outras coisas, com uma rede de distribuição de energia elétrica traçada paralelamente ao Gasene, a poucos kilômetros um do outro.

Para a produção do cloreto de potássio a partir da carnalita haverá forte demanda por gás. E a empresa Genpower já está desenvolvendo projeto para a geração de 700 MHw de energia a partir do gás.  Só isso, já significa demanda de quase o dobro de todo consumo atual do estado. 

Mas é apenas uma fração das oportunidades, e o mercado certamente achará outras igualmente valiosas.



José de Oliveira Júnior
Secretário de Subdesenvolvimento Energético Sustentável


Leia o artigo de Polito em http://www.valor.com.br/empresas/3314854/gas-da-12

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ANP anuncia 12ª Rodada de licitações em Sergipe

Com a presença do Governador em Exercício Jackson Barreto, o Secretário Saumínio Nascimento da SEDETEC, o titular da SUDEN José de Oliveira Jr., o assessor econômico Ricardo Lacerda, entre outras autoridades governamentais, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, anunciou nesta manhã na sede da FIES as áreas da 12ª rodada de licitações em Sergipe. 



Ao todo serão 30 blocos terrestres localizados nos municípios de Brejo Grande, Divina Pastora, Ilha das Flores, Japaratuba, Japoatã, Laranjeiras, Maruim, Neópolis, Nossa Senhora do Socorro, Pacatuba, Pirambu, Riachuelo, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão, totalizando 938,22 quilômetros quadrados. Essa Rodada, marcada para os dias 28 e 29 de novembro, deverá ofertar um total de 240 blocos exploratórios terrestres com potencial para gás natural em sete bacias sedimentares, nos estados do Amazonas, Acre, Tocantins, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Paraná, São Paulo, totalizando 168.348,42 quilômetros quadrados.

  




 
Além dos 130 blocos das bacias maduras do Recôncavo e de Sergipe-Alagoas (objetivando a continuidade à exploração e produção de gás natural a partir de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais contidos nessas regiões), na Bacia Sergipe-Alagoas, além dos blocos localizados em Sergipe, também serão ofertados outros 50 em Alagoas e outros 110 blocos em áreas de novas fronteiras nas bacias do Acre, Parecis, São Francisco, Paraná e Parnaíba, como forma de atrair investimento para regiões ainda pouco conhecidas ou com barreiras tecnológicas a serem vencidas, permitindo o surgimento de novas bacias produtoras de gás natural e de recursos petrolíferos convencionais e não convencionais.


Para saber mais:
Leia a reportagem da Agência Sergipe de Notícias.
Clique aqui e veja a apresentação da 12ª Rodada de Licitações para exploração & produção de óleo e gás.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Projeto Carnalita

Jackson Barreto, Oliveira Jr. e representantes do município discutem esse importante projeto para Sergipe

 Jackson recebe prefeito, vereadores e lideranças do município de Capela


Nesta segunda-feira, 21, o governador em exercício, Jackson Barreto, recebeu em audiência o prefeito do município de Capela, Ezequiel Ferreira Neto, vereadores do município, parlamentares estaduais e federais, ex-prefeitos e ex-vereadores, além de representantes de diversos movimentos sociais. 

O objetivo do encontro foi promover esclarecimentos sobre as propostas de implantação do projeto Carnalita e a temática correlacionada às discussões territoriais entre os municípios que sediam a operação que, pela descrição preliminar, Capela detém grande parte da jazida e, mediante critérios técnicos, Japaratuba seria a sede da respectiva usina do projeto.

Para o governador, é importante esclarecer que os critérios utilizados pela Vale para definir a sua estratégia de exploração e a instalação das respectivas plantas de produção obedecem aos estudos e análises técnicas da empresa, não tendo qualquer tipo de interferência política.

“Quando eu assumi interinamente a administração estadual, em 27 de maio do corrente ano, em função do afastamento para tratamento de saúde do nosso governador Marcelo Déda, esta decisão já havia sido tomada tecnicamente pela empresa. No caso, a decisão definiu o município de Japaratuba para implantação da usina”, explicou Jackson Barreto.

“Deixei bem claro que não sou contra Capela, nem contra Japaratuba. O governador age em favor de todos os municípios sergipanos. As pessoas precisam compreender que a Vale é uma empresa privada e, portanto, não recebe qualquer tipo de influência do governador nas suas decisões de ordem técnica. A Vale não consulta o governador para definir suas estratégias”, afirmou o governador em exercício, em resposta às reclamações dos representantes de Capela de que grande parte da mina estaria em seu município, e o beneficiamento do minério seria feito na usina em Japaratuba, gerando uma diferença na arrecadação de impostos e royalties.


O governador afirmou que este risco não existe, já que se trabalham mecanismos fiscais para equilibrar essa relação, o que foi detalhado didaticamente pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, José Macedo Sobral, e pelo subsecretário de Desenvolvimento Energético, José de Oliveira Júnior, durante o encontro.

“Evidente que todo mundo fica preocupado ao saber que o projeto implantado em Japaratuba passa a produzir maiores benefícios em algumas iniciativas. Essa é uma questão que não passa pelo Governo do Estado. Eu tenho que defender o estado de Sergipe e quero que o projeto Carnalita seja implantado, pois, quando isso ocorrer, os jovens de Capela, os jovens de Japaratuba e de toda a região poderão ter a perspectiva de um bom emprego que beneficie a sua qualidade de vida. Deixei clara a importância da geração de 4 mil empregos diretos e dos cerca de 10 mil indiretos a partir desse projeto”, evidenciou o governador.

Reflexos do Investimento

Segundo Jackson Barreto, a partir do investimento de US$ 2 bilhões naquela região, serão geradas inúmeras oportunidade de emprego e melhoria da qualidade de vida da população para toda a região Norte do estado, estendendo-se até o baixo São Francisco, que é a região mais pobre do estado.

Sem dúvida alguma, os jovens desta região terão oportunidades de vir a Capela e Japaratuba buscar um emprego para a construção de uma vida melhor. Por isso tenho aconselhado sempre aos jovens a estudar, buscando aperfeiçoar sua qualificação, a exemplo da oportunidade que vamos oferecer com a escola profissionalizante em Petróleo e Gás, em Carmópolis”, lembrou o governador em exercício, referindo-se a esta iniciativa do Governo do Estado.

Vou enfatizar novamente, deixando claro que o governador em exercício Jackson Barreto não assumiu, nem poderia assumir nenhuma bandeira contra Capela, nem assumirá bandeira contra qualquer município. Estou aqui para defender a implantação desse empreendimento, trazendo empregos e ajudando a melhorar a qualidade de vida do nosso povo, ampliando as perspectivas para o futuro do nosso estado”, destacou Jackson Barreto.

Ainda de acordo com o governador, o presidente da Vale ficou de discutir com o prefeito de Capela, esclarecendo-o e expondo todas as questões técnicas que embasam as decisões da empresa. “O presidente da empresa, quando esteve no meu gabinete, declarou essa intenção em sentar com os prefeitos envolvidos para sanar possíveis dúvidas, deixando-os vislumbrar de forma concreta os benefícios que um investimento desse porte vai promover na reunião”, completou Jackson Barreto.

Ação Tranquilizadora

De acordo com o prefeito Ezequiel Ferreira, tanto os representantes da prefeitura, quanto os parlamentares saíram mais tranquilos após esta conversa com o governador. “Viemos aqui como capelenses, num movimento apartidário, lutar pela Carnalita. Todos sabem que 80% do minério está em Capela e a usina deveria, por este motivo, estar em nosso município. Nós viemos pedir ao governador que nos ajudasse nesse sentido, e ele, como administrador do estado, nos mostrou que não pode tomar parte nessa disputa, já que todos os municípios estão em Sergipe e não há questões políticas envolvidas neste tema. Ficamos muito satisfeitos com esta postura e, a partir de agora, vamos verificar com o pessoal da Vale quais os impedimentos para a instalação da usina em nosso município, já que, no caso, a diferença territorial que poderia ser revertida a nosso favor é de apenas cinco metros”, argumentou o prefeito, mencionando os limites territoriais envolvidos na questão.

“Queremos que os técnicos da Vale, juntamente com os técnicos independentes que estamos contratando nos esclareçam a real situação, eliminando todas as dúvidas. Nós temos esperança que esse projeto venha a amenizar o sofrimento do povo pobre da Capela, já que 64% da nossa população está na linha de pobreza e necessita de recursos da prefeitura para sobreviver. Nós temos a maior população da região, 33 mil habitantes, e temos uma situação precária já que recebemos menos royalties que diversos municípios vizinhos, com menor população”, complementou Ezequiel Ferreira.

Participação

Participaram do encontro os deputados estaduais Jeferson Andrade, Zeca da Silva e Augusto Bezerra, o deputado federal José de Almeida Lima, os ex-prefeitos, Carlão e Sukita, diversos ex-vereadores, representantes do movimento Quilombola e do movimento “Pró-Carnalita” criado no município.



Fonte: http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:35814/jackson_recebe_prefeito_vereadores_e_liderancas_do_municipio_de_capela.html.
Fotografia: MarcosRodrigues (ASN)