sexta-feira, 22 de maio de 2015

Palácio-Museu Olímpio Campos completa cinco anos




O Palácio-Museu Olímpio Campos comemorou na última sexta-feira (22) 5 anos. Como parte das comemorações, abriu as portas mais cedo, às 9h, mantendo a visitação gratuita até as 17h. Além disso, ocorreram as apresentações da Banda Filarmônica da Polícia Militar e do Quarteto de Sopros da Filarmônica de Itabaiana para convidados.

Em seguida ocorreu a mesa-redonda com as professoras Janaína Melo, Lílian Alexandre e Andreza Maynard tratando o tema 'Economia Criativa nos Museus: arte, turismo e sustentabilidade. Também foi inaugurada a exposição "As Noivas do Palácio", uma coletiva de fotografias que documentam o uso espontâneo do Museu como cenário de noivas e noivos para eternizarem esse importante momento.

Entre os convidados, representando o Governador Jackson Barreto e o Secretário em Chefe da Casa Civil Belivaldo Chagas, José de Oliveira Júnior, Chefe da Casa Civil à época da restauração e inauguração, destacou o papel de guardião da memória política sergipana que cumpre o Museu e a relação afetiva que vem sendo construída com a sociedade ao longo desses cinco anos.

Relembre


Governador reabre Palácio Olímpio Campos e o transforma em Museu

Evento aconteceu nesta sexta, 21, e contou com a apresentação da Orsse sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky.

Um dos maiores símbolos da história política, cultural e arquitetônica de Sergipe foi reaberto ao público na noite desta sexta-feira, 21. Numa iniciativa do Governo do Estado, o Palácio Olímpio Campos, inaugurado em 1863 e sede da administração estadual até o ano de 1995, foi totalmente recuperado e agora abriga o Palácio-Museu Olímpio Campos (PMOC). Na solenidade de reinauguração do espaço, o governador Marcelo Déda relembrou fatos marcantes que ali ocorreram, homenageou ex-governadores e afirmou que “não há nada mais próprio de dizer ao povo de Sergipe do que aquela frase tradicional: ‘Pode entrar, a casa é sua’”.

“O Palácio vai funcionar como museu para que todos os sergipanos possam conhecê-lo e aprender com ele. Para que os jovens, estudantes, possam visitar as suas salas, os seus quartos, os seus gabinetes, e buscar ali a essência da história política de Sergipe”, ressaltou o governador, antecipando que também pretende utilizar o ambiente para praticar atos solenes, receber lideranças nacionais e internacionais, entregar condecorações e dedicar, ao menos uma vez por semana, meio dia de audiência para receber cidadãos e autoridades.

“Mas a maior parte do tempo o Palácio será museu. Não museu no sentido de coisa parada no tempo, mas no sentido de obra aberta, para que os sergipanos convivam e aprendam com ele, que é referência do passado, e edifiquem com a régua e o compasso da democracia, os nossos dias de futuro. Será, por isso, Palácio-Museu, mas será sempre símbolo maior do poder republicano”, complementou.

Na oportunidade, Marcelo Déda ainda remeteu ao dia em que tomou posse como governador do Estado, no ano de 2007. Ele lembrou que após as formalidades de praxe, com o juramento solene na Assembleia Legislativa e a transmissão do cargo no Teatro Tobias Barreto, deslocou-se até o Palácio Olímpio Campos, que àquela época estava com sua estrutura comprometida, e discursou para o público presente à Praça Fausto Cardoso. 

“Na minha cabeça e no meu coração era preciso vir a este Palácio, símbolo do poder republicano, símbolo do poder democrático, para nele concluir o processo que me trouxe ao Governo do Estado e me efetivou na liderança desse povo bravo, ordeiro, rebelde e transformador que é o povo de Sergipe. Naquele dia, daquela janela, eu assumi comigo mesmo o compromisso de que este Palácio voltaria a ser o que fora”, afirmou o governador, realizado por estar concretizando uma de suas principais metas de governo.

Ex-governadores

Em meio aos políticos presentes à reabertura do Palácio Olímpio Campos estavam os ex-governadores Albano Franco, João Alves Filho, Seixas Dória e Paulo Barreto, além do hoje senador Antônio Carlos Valadares, que foi o último a residir no local. “É uma belíssima obra que restaura inteiramente o Palácio, com a preservação total daquilo que foi concebido de forma original pela inteligência e brilhantismo de nossos engenheiros e arquitetos do passado”, colocou Valadares.

Atualmente deputado federal, Albano Franco descreveu a restauração como uma “obra maravilhosa” e recordou o período de três anos em que seu pai, o falecido ex-governador Augusto Franco, morou no Olímpio Campos. “Também nos primeiros quatro anos do meu primeiro governo administrei aqui do Palácio Olímpio Campos. Esta realmente é uma obra que deve ser reconhecida pelos sergipanos”, observou.

Para João Alves Filho, a melhoria concretizada pelo Governo do Estado é de tamanha qualidade que “não fica a dever aos bons exemplos vistos em outros estados e países”, exaltou o ex-governador, segundo o qual a obra está acima das questões políticas. “É uma obra perene, por isso justifica estarem juntos políticos de varias correntes para homenagear a democracia sergipana”, concluiu.

Em seu discurso, o governador Marcelo Déda destacou que a presença dos ex-governantes concretiza uma parábola cuja lição diz que o Palácio, assim como as nações e os estados, não são feitos por um homem só. “Ninguém sozinho pode dizer: ‘Eu fiz Sergipe!’. Sergipe é e será sempre uma obra coletiva de seu povo”, pontuou Déda, estendendo a colocação aos ex-vice-governadores de Sergipe, entre os quais estavam presentes Adalberto Moura, Benedito Figueiredo e José Carlos Teixeira.

A obra
À frente do minucioso trabalho de restauração dos aspectos originais do Palácio Olímpio Campos esteve a Secretaria de Estado da Casa Civil, comandada pelo secretário Oliveira Júnior. “Recebi com honra e satisfação a tarefa que o governador Marcelo Déda me incumbiu, que foi a de ajudar a fazer esta reforma e instalar aqui os equipamentos que transformam esse prédio também em um museu. Então é um momento de felicidade e eu acho que o governador foi muito feliz ao conceber a ideia”, salientou.

Nos cômodos do Museu estão galerias com fotos dos governadores e vices, biblioteca com obras, medalhas e documentos pessoais de governadores, um quarto decorado em homenagem às mulheres que se destacaram na evolução política do Estado, uma maquete que remonta a cidade de Aracaju na década de 20, com destaque para o bondinho e o famoso cinema Rio Branco, exposições de obras importantes do Estado e muito mais.

Com a entrada gratuita, a partir deste sábado, 22, o Palácio-Museu estará de portas abertas para quem quiser apreciar o rico conteúdo reunido em seu interior. O horário de funcionamento irá das 10h às 17h, no caso das terças às sextas-feiras e das 9h às 13h, nos sábados e domingos.

Orquestra

Após a solenidade de inauguração do PMOC, o público presente permaneceu diante do palco montado na Praça Fausto Cardoso para acompanhar a apresentação da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), sob a batuta do maestro paulista Isaac Karabtchevsky, que um dia antes havia conhecido as instalações do Museu a convite do governador Marcelo Déda.

Antes de iniciar sua apresentação, o maestro fez questão de elogiar a iniciativa do Governo do Estado. “É uma coisa que enche de orgulho a todos nós brasileiros, ao nos depararmos com um trabalho dessa envergadura. Deveria ser imitado por todos os estados onde as estruturas se fenecem pela falta de cuidado, de acuidade na reprodução do ambiente de uma época”, observou Karabtchevsky.

Presenças
Na cerimônia de inauguração do Palácio-Museu, além dos ex-governadores e ex-vice-governadores do Estado, também estavam presentes autoridades como o atual vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, o senador Almeida Lima, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, os deputados federais Iran Barbosa, Jackson Barreto e Eduardo Amorim, e os deputados estaduais Luiz Mitidieri, Mardoqueu Bodano, Pastor Antônio, Ana Angélica, Zeca da Silva, Rogério Carvalho e Paulinho da Varzinhas Filho.

Compareceram ainda o desembargador Roberto Porto, presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, a procuradora geral do Ministério Público do Estado (MPE), Maria Cristina Foz Mendonça e o bispo auxiliar de Aracaju, Dom Henrique, além de prefeitos do interior sergipano, vereadores, secretários de Estado e secretários municipais.

Fonte: ANS 
Foto: César Oliveira