Por Rodrigo Polito e Cláudia Schüffner
A Petrobras pretende iniciar um teste de longa duração (TLD) na área de Muriú, na promissora bacia de Sergipe-Alagoas, no fim de 2015. O objetivo da empresa é obter mais detalhes do reservatório e calibrar o sistema de produção futuro para a região.
"Já definimos o sistema [de produção] para 2018. Já estamos trabalhando na melhor solução para lá [Sergipe-Alagoas], tanto que, no ano passado, definimos uma unidade de 100 mil barris/dia para 2018. Isso, por enquanto, está firme e forte, pelo resultado que estamos tendo", afirmou ontem o diretor de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, José Miranda Formigli, na Offshore Technology Conference (OTC), conferência internacional da indústria petrolífera, no Rio de Janeiro.
Com relação ao TLD, a companhia ainda vai definir qual unidade será destinada para a operação. Entre as alternativas em estudo estão a plataforma P-34 e a FPSO (plataforma flutuante de produção e armazenamento de petróleo) Rio das Ostras, além de unidades utilizadas atualmente nas áreas de pré-sal.
Formigli também confirmou que a Petrobras pretende se reunir com os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda para discutir sobre a declaração de comercialidade de áreas da cessão onerosa. Ele, porém, não indicou um prazo previsto para que a declaração seja feita junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
"Com relação ao contrato da cessão onerosa, dentro de um determinado período, temos que avisar a agência e aos ministérios que estamos tendo bons resultados e que temos intenção de declarar comercialidade. Isso não quer dizer que temos data marcada para isso, mas a intenção existe", disse Formigli. "Declaração de comercialidade não se avisa com antecedência. [Mas] podemos dizer que os resultados são muito bons", completou.
Com relação ao campo de Libra, Formigli disse que o consórcio vai divulgar em breve algumas metas, inclusive de produção, para a área. Ele repetiu que o primeiro óleo no campo está previsto para 2020. Ele não soube afirmar quando será feito o pagamento da parcela da Petrobras do bônus de assinatura de Libra.
Presente ao evento, o diretor-geral da Total, sócia da Petrobras em Libra, Denis de Besset, afirmou que o pagamento deverá ser feito até a assinatura do contrato de concessão, que deve ocorrer em novembro
Formigli reforçou que a prioridade da área de E&P da Petrobras neste momento é o "P de produção". "Nossa prioridade é transformar o óleo que está no reservatório em óleo produzido".
Fonte: Valor Econômico via UDOP
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